Nesta quarta-feira, 28, foi realizada no plenarinho da Câmara de Boa Vista, uma das reuniões preparatórias para a audiência pública que vai discutir os meios para resolver a questão dos animais de rua do município.
Dois encontros já aconteceram com gestores de instituições públicas e este terceiro encontro aconteceu com representantes de ONG's e comissão organizadora.
A Audiência vai acontecer dia 6 de julho, às 09:30hs no plenário da Casa.
Na oportunidade, foi apresentado o perfil epidemiológico do tema, que serve para construção de um banco de dados e a proposta que vais definir as ações que promovam o bem-estar dos animais de forma plena.
O parceiro da iniciativa e veterinário Rodrigo Brasil, apresentou o estudo e a proposta que vai constar na audiência.
Ele falou das iniciativas que podem ser desenvolvidas por ONG's e Poder Público, onde cada um vai dar conta de suas responsabilidades.
O veterinário apresentou dados que apontam uma existir uma população média de 92 mil cães e 37 mil gatos, fora os outros animais silvestres que vivem dentro do município e que podem ser vetores de doenças endêmicas.
Com base na apresentação, Renato Queiroz apontou que o início da discussão passará pela identificação do quê é animal negligenciado, abandonado e de rua e planejar as políticas públicas pertinentes para cada caso.
"Conforme a estatística em torno de dez por cento do universo total de animais são animais de rua, mas precisamos realmente saber esse quantitativo e esse é um dos desafios a serem contemplados dentro da proposta geral", explicou.
Explanou ainda que para definir a política de tratamento para o caso perpassa na edição de uma "Lei de Posse Responsável", para punir o dono que abandona ou negligência o animal.
Alertou para os dados públicos que apontam, entre os anos de 2012 e 2016, foram atendidas 9988 pessoas em contraponto aos casos confirmados de Dengue, que foram de 1620 casos.
"No ano passado em Boa Vista tivemos um óbito em razão da infecção por raiva humana e registrado tivemos 2913 ataques que foram registrados nos centros de saúde. Isso é alarmante é preocupante do ponto de vista de saúde pública", explicou.
O vereador explicou ainda que a presença dos representantes das ONG's é mais que necessária para que fosse apresentada a parte técnica da discussão e a partir da apresentação, haver um ampla mobilização para que sejam definidas as ações a serem executadas.
Ele explicou que no dia da audiência será promovida uma vacinação de cães e gatos e que animais resgatados pelas ONGs estarão disponíveis para adoção assim como um espaço será reservado para receber doações ração para ajudar no trabalho das ONG's.
"Estamos pensando em fazer um evento que além da promoção de pontos para iniciar uma solução real para o problema, sensibilize a sociedade e as entidades públicas para o engajamento", detalhou.
