De nada adiantou o bloco que compõe a base do Executivo Municipal conseguir a aprovação do requerimento de urgência especial 071/2017, para que Projetos enviados pelo Executivo e que estão na Casa há mais de duas semanas, fossem votados.
As matérias são importantes para o desenvolvimento das ações municipais e para dar segurança jurídica à centenas de seletivados, que com fim do ordenamento jurídico possam trabalhar em desconformidade com as Leis e que por conta da falta de regulamentação, correm risco de serem desligados de suas atividades, aumentando assim, os níveis de desemprego em Boa Vista.
Por 11 votos favoráveis contra 07 contrários e 01 abstenção o requerimento foi aprovado, inclusive recebendo a garantia do presidente da Casa, Mauricélio Fernandes, de se fosse preciso, os trabalhos se estenderiam até às 18hs desta terça-feira, para que o plenário apreciasse os projetos, promessa que não foi cumprida.
Ocorreu que durante um intervalo regimental de 15 minutos, conforme determina o Regimento Interno da Casa, alguns vereadores que integram as específicas comissões "sumiram", do prédio sem assinar os devidos pareceres.
Iniciou-se uma discussão em torno da legalidade do andamento dos trabalhos e falta de compromisso e responsabilidade dos vereadores ausentes, momento em que, baseado no Regimento Interno, foi apresentada uma solução para o imbróglio.
Renato Queiroz apresentou dispositivos que regimentais que solucionavam o problema, mas os membros da Mesa Diretora inviabilizaram qualquer possibilidade de entendimento, levantando, assim, dúvidas quanto às verdadeiras intenções do ato.
"Muito nos causou estranheza o posicionamento dos membros da Mesa, que mesmo diante das explicações dos porquês da urgência, lembrança de que a presidente do tribunal de justiça, Elaine Bianchini veio nesta Casa para pedir atenção e celeridade a um dos projetos contidos no bojo, das soluções para a falta dos membros da comissão e da própria vontade da maioria para votar, se colocaram contrários a qualquer solução. Ficou muito estranho, para uma Mesa Diretora que se intitula "parceira" do Executivo e que na hora do vamos ver, rói a corda. É no mínimo muito controverso”, avaliou Renato.
Ainda durante a sessão, a vereadora Magnólia Rocha afirmou estar profundamente desapontada com a forma descompromissada com que alguns de seus colegas estavam tratando dos projetos e compromissos.
Ela afirmou ainda que iria estudar a possibilidade de apresentar uma queixa na Comissão de Ética da Casa, contra seus colegas faltosos e disse que se caso fosse apresentado algum atestado médico, para justificar a falta, iria até o Conselho Regional de Medicina para denunciar o falso atestado.
"Quero ver a justificativa para isso. Se vierem com atestado, na condição de médica, vou até às últimas instâncias do CRM pra desmascara a farsa. Não somos palhaços para sermos tratados desta forma", desabafou.